8 de dezembro de 2020

O estômago e a psicossomática


 

O estômago funciona como um centro que gera emoções através de impressões vindas do mundo externo: as emoções básicas como a raiva, medo, alegria, atração etc., são sentidas no estômago. Caso não se exteriorize os sentimentos contidos nas emoções sentidas, é gerado um acúmulo energético na região do estômago e, conseqüentemente, alterações no metabolismo orgânico (Valcapelli et al, 2003).

A digestão tem como simbolismo a maneira como assimilamos a vida e como se digere as idéias que se têm, e os acontecimentos pelos quais um indivíduo passa. As pessoas que têm medo de encarar a vida ou as situações de frente, as céticas e teimosas, geralmente têm algum transtorno no estômago, como projeção de uma “indigestão” mental. Os portadores de doenças do estômago são pessimistas, não encaram o presente, e tem um orgulho bastante para não “pôr para fora” as situações com as quais sofrem devido a este orgulho; são as pessoas hipersensíveis que remoem mágoas com os pensamentos destrutivos que não são eliminados, e que acham que o mundo é perverso e sem descanso. Geralmente agem como vítimas de algum processo ou acontecimento que lhes aflige, lamentando sua condição, mas, na verdade, esconde, atrás deste lamento, que há a necessidade de pedir ajuda a alguém. São responsáveis, criativas, eficientes, cautelosas, perfeccionista. Entram em atrito, às vezes secretamente, com pessoas que não pensam como ela (Cairo, 1999).  

Uma relação afetiva entre duas pessoas implica que ela deva ter voz numa relação de reciprocidade. Um desarranjo nesta relação, provocado por algo intolerável, por uma ou por ambas as partes, pode estabelecer que esta voz recíproca existente se emudeça e a relação fique sem voz. A relação afetiva se despedaça porque as partes não suportam esta situação intolerável para elas. Nestes casos, o Ego procura recursos para contemporizar a situação, e uma das saídas é transferi-la para o somático. Neste campo, o corpo físico reage: perda de apetite, náusea, vômito, indisposição, debilidade, pressão no estômago etc., mas a relação continua sem voz, o afeto destruído e a pessoa não conseguindo expressar seus sentimentos mais profundos, a não ser suas queixas dos sintomas do que o corpo físico se expressa, as comunicam através da gastrite, uma afecção do estômago (Capisano, 2010). Há o sentimento de que é preciso ser compreendido, amado, confortado e ajudado, mas remói os pensamentos; a angústia que lhe pesa no coração e a incerteza arrastada por muito tempo lhe confere o pessimismo que pode ser tornar um hábito a ser vencido (Cairo, 1999).

Assim, o indivíduo que tem a postura interna de engolir suas emoções básicas e não tem habilidade para lidar com as situações que lhe causam aborrecimento de forma consciente, procura engolir seus sentimentos ou toma atitudes extremistas que provocam a raiva; estas atitudes provocam um aumento dos sucos gástricos que atacam as paredes do estômago (Valcapelli et. al, 2003). A culpa pelo sofrimento que o físico lhe impõe, o mal estar estomacal, recai na alimentação e na necessidade de manter dieta, não tendo consciência que este mal pode advir de sua postura em relação à vida (Cairo, 1999).

Ao passar por uma situação desagradável, se há uma falta de habilidade para passar por elas, uma sujeição sem aceitação, caso se sinta saturada, no extremo, o indivíduo elimina completamente o que lhe perturba, através da diarréia (Valcapelli et. al, 2003). Segundo Stein (1995) são fontes emocionais da doença do estômago a incapacidade de assimilar idéias e experiências, o que o portador “engole” e o medo.

 

Fonte: trecho extraído da monografia apresentada no término do curso de terapeuta corporal holística junto  à Humaniversidade Holística em São Paulo (2011).

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