27 de março de 2011

Será Saudável Beber Leite de Vaca?



Márcio Linck

A descoberta da fraude do leite em algumas cooperativas leiteiras de Minas Gerais e a suspeita de que em outras regiões do país possa haver mais adulterações do produto, tem deixado os consumidores bastante preocupados e receosos quanto ao seu consumo. Prova disso é a redução de 10 a 15% do consumo de leite em algumas regiões do Brasil.
Mas será que o leite, independente do acréscimo de soda cáustica, de água oxigenada e de outros ingredientes mais, pode ser considerado um alimento natural e saudável para o ser humano? Mesmo o leite puro, extraído diretamente da vaca, é apropriado para o consumo humano? Deve o ser humano, mesmo depois de adulto, continuar bebendo leite até morrer de velho? São questionamentos muito apropriados e oportunos para o momento. Se pararmos para pensar e refletir sobre determinados costumes e hábitos alimentares, perceberemos que o consumo de leite constitui-se numa permanente fraude e violação do mundo natural.
De todos os mamíferos, a espécie humana é a única que, mesmo depois de adulta, continua a comportar-se como filhote, pois permanece “mamando” até o final da vida. E um leite que não é o de sua espécie, pois cada fêmea do reino animal produz, através de suas glândulas mamárias, o alimento apropriado aos filhotes por ela gerados. Até hoje não conheço nenhum humano que tenha sido gerado por uma vaca! Muito menos por uma vaca leiteira!  Na realidade não existe vaca leiteira, já que as mesmas são estimuladas através de hormônios e mecanicamente forçadas a produzir dez vezes mais leite que a sua natureza permitiria.
É preciso observar que todos os filhotes mamíferos abandonam a fase do leite na medida em que começam a ingerir alimentos sólidos. Com o ser humano deveria ocorrer o mesmo, já que, em média, aos três anos, ele já não possui as enzimas necessárias (Renina e Lactase) para decompor e digerir o leite. Não sendo um alimento natural, e devido à sua composição (alto teor de gordura, caseína, e milhões de células somáticas conhecidas como PUS) e à sua contaminação com fezes e pesticidas, não é à toa que o leite seja considerado um dos principais fatores no desenvolvimento de mucosas, alergias, bronquites, asmas, tuberculose, doenças coronárias, obesidade, diverticulite e diabetes.
Devido à presença do hormônio natural IGF-1 no leite de vaca (importantíssimo para o crescimento acelerado do bezerro), foi constatado que ele atua no organismo humano como catalisador na proliferação de cancros da mama, da próstata e do cólon.
Também é importante destacar que as nações com maiores índices de osteoporose são as que mais consomem leites e laticínios. Isso ocorre em função de o organismo ter que eliminar o excesso de cálcio oriundo do leite e outras fontes desse elemento. Nesse processo, “rouba-se” o cálcio dos ossos. Portanto, antes de chorar o leite derramado, é preciso ir além do leite adulterado.

Fonte: Márcio Linck, historiador e ecologista.  O artigo acima foi publicado no jornal diário “Vale do Sinos”, de São Leopoldo, RS, em 13 de novembro de 2007.

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